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Resolução de Conjuntura e Tática

VIII Encontro Nacional da APSP/SOL

Ofensiva conservadora e neofascismo no Brasil

  1. Desde 2019 o Brasil vive o momento mais dramático da sua história recente. Sob a égide do Governo Bolsonaro o país está em uma combinação de três crises: a) social e econômica, com vertiginoso crescimento das desigualdades sociais; b) política, fruto da instabilidade permanente pelos ataques às limitadas instituições democráticas liberais, aos movimentos sociais e à esquerda em geral; c) sanitária, em vias de superação, ocasionada pela pandemia da COVID-19 e agravada pela política errática e negacionista do governo federal.
  2. Crises como essas não são um raio em céu azul; tendem a ser recorrentes com o agravamento da crise climática. A perspectiva é que o século XXI, com o desequilíbrio socioambiental em curso, se transforme no século das pandemias. O criminoso avanço dessas forças destrutivas sobre povos e territórios indígenas para aprofundar a exploração dos recursos naturais e da mão-de-obra barata de países do Sul Global, como é o caso do Brasil, cobrará o seu preço adiante, penalizando sobretudo as populações mais vulneráveis.
  3. A destruição ambiental, em nome dos interesses do agronegócio e das mineradoras, tem avançado sobre a Amazônia desde a tentativa de extinção da RENCA (Reserva Nacional de Cobre e Associados) por Temer – que entregaria uma área de 47 mil Km² entre o PA e AP – e que foi revogada após pressão de ambientalistas, de intelectuais e setores da sociedade civil nacional e internacional. Com Bolsonaro, somente no Pará, a extração do minério foi responsável pela devastação de uma área de 125 km² em 2021, segundo os dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). A extração mineral na Amazônia, legal e ilegal, em áreas de floresta intensifica ainda mais desequilíbrios ecossistêmicos ao remover a cobertura vegetal, exaurir o solo e ameaçar as comunidades tradicionais em seus territórios com doenças e/ou envenenamento, como identificado entre os Mundurukus (no sudoeste do PA), onde 100% dos indígenas estavam contaminados por mercúrio, segundo a Fiocruz e WWF-Brasil. O desmatamento e a grilagem de terra para o agronegócio têm sido responsáveis também pelo aumento dos conflitos no campo na luta pela terra. Essas situações exemplificam o ecocídio exercido pelo governo de Bolsonaro e Mourão.
  4. Bolsonaro deixará um rastro de destruição dos direitos da classe trabalhadora, da soberania nacional e uma ameaça concreta às gerações futuras, através da aprovação de legislações e consolidação de movimentos extremistas no território nacional, que podem aumentar o número de vidas perdidas e ampliar a instabilidade política e social, como vimos concretamente através das decisões desse governo em relação à pandemia. Ainda não é possível avaliar com profundidade as consequências dessa combinação de fatores, cujas consequências vão perdurar por longos anos. Em termos gerais, o mandato iniciado em 2019 foi mais um capítulo da intensificação dos retrocessos sociais desde o golpe que destituiu Dilma Rousseff em 2016 e em seu lugar colocou seu vice, Michel Temer, com uma proposta nitidamente ultraliberal de desmonte do que restou de patrimônio nacional e das conquistas sociais cravadas na Constituição de 1988.
  5. Como já afirmamos anteriormente, esse ciclo destrutivo encontrou terreno fértil para se desenvolver na esteira da própria experiência do PT no Governo Federal, quando este abdicou de realizar reformas estruturais profundas de caráter democrático-popular – trocando-as por tímidas políticas redistributivas – para governar em prol dos interesses fundamentais do grande capital. A reforma agrária, a título de exemplo, nem chegou perto de ser realizada; pelo contrário, nos anos do PT no governo viu-se um intenso processo de concentração fundiária, com o avanço de fronteiras agrícolas para maior produção de commodities, que resultaram do incentivo ao agronegócio. Nesse processo, a esquerda em geral desacumulou na organização social e política dos trabalhadores(as), embora tenha obtido vitórias eleitorais. Isso contribuiu para a autoilusão de que seria possível um pacto de longa duração com a grande burguesia, visando mudanças lentas e graduais rumo a um Estado de Bem-Estar-Social. Nesse contexto e na ausência de resistência ao avanço do conservadorismo, acabou se fortalecendo a Bancada BBB (Boi, Bala e Bíblia), cujos projetos caminham com relativo sucesso, apesar da resistência dos setores populares, como ocorreu em relação ao PL do Veneno (6299/02), que revogou o direito de entidades pedirem impugnação ou cancelamento de um produto que prejudique a saúde humana, de animais e/ou o meio ambiente.
  6. Quando parte da burguesia no Brasil virou a chave, deslocando-se da base social que sustentou o neodesenvolvimentismo mitigado do PT para a exigência de retorno do neoliberalismo ortodoxo (meados de 2013), a esquerda em geral viu-se despreparada para enfrentar essa ofensiva conservadora de caráter antinacional e antipopular.
  7. Nesse mesmo período, desenvolveu-se no país um movimento neofascista, assentado no racismo e no patriarcalismo enraizado em nossa cultura e no ressentimento de setores médios (parte dos trabalhadores de alta renda e pequena burguesia), pressionados pela ascensão de setores da classe trabalhadora e incomodados pela corrosão de seu modo de vida marcado por privilégios historicamente acumulados, como, por exemplo, o uso sem direitos trabalhistas e com baixas remunerações de um amplo contingente da população mais pobre do país, como as trabalhadoras domésticas. Além disso, a expansão da renda desses setores não teve o mesmo ritmo dos segmentos da classe mais abaixo.
  8. Não podemos deixar de destacar que setores da própria classe trabalhadora que viveram uma melhora em suas condições de renda e consumo também se viram frustrados com a impossibilidade material de subir degraus acima, pois isso exigiria uma política de distribuição de renda e enfrentamento dos interesses arraigados dos mais ricos que estava fora do radar da conciliação de classes dos governos do PT.
  9. A base social que deu sustentação ao neodesenvolvimentismo do PT fraturou. Por um lado, perdeu base em parte dos setores beneficiados pelo seu governo; por outro, viu uma parte da grande burguesia abandonar a política neodesenvolvimentista mitigada. A bem da verdade, a burguesia no Brasil teve uma posição ambígua sobre os pilares do rebaixado projeto do PT, isto é, nunca renunciou totalmente ao objetivo de retroceder o “pacto” firmado na Constituição de 1988.
  10. O que se viu daí em diante foi a construção paulatina de uma unidade insólita entre neofascismo e neoliberalismo. Em um primeiro momento, a agenda neoliberal buscou avançar com Temer e obteve relativo sucesso nessa empreitada. Depois, tinha como preferência uma candidatura orgânica do grande capital, Alckmin (PSDB). Com a fragorosa derrota do PSDB em 2018, não hesitou em dar sustentação ao governo Bolsonaro, selando a aliança entre neoliberalismo e neofascismo.

O sentido social e político do bolsonarismo

  1. Bolsonaro é uma liderança neofascista, sendo a principal expressão de um movimento da mesma família do fascismo histórico. Não se trata de um mero “populismo de direita” ou uma liderança autoritária que pretende limitar e controlar as instituições da democracia liberal. Essas características são insuficientes para denominar o neofascismo bolsonarista, até porque podem ser formas mais autoritárias da própria democracia burguesa.
  2. A denominação de neofascista ao movimento do qual Bolsonaro é a principal expressão, que aqui trataremos como bolsonarismo, é coerente com a base social e os eixos políticos e sociais do fascismo histórico. A principal base social da experiência histórica do fascismo (especialmente na Itália e Alemanha na década de 1920) foi a pequena burguesia, classe historicamente incapaz de um projeto político/econômico independente, sendo disputada pela burguesia ou pela classe trabalhadora. É no contexto histórico do pós 1ª Guerra Mundial que serão amalgamados os pilares fundantes do fascismo: seu caráter anticomunista e defensor do capitalismo; a apologia à formação de grupos paramilitares e a resolução bélica de conflitos; a essência nacionalista e a perspectiva imperialista; a defesa intransigente do fortalecimento do estado totalitário, regulador de todos os aspectos da vida; a conformação militar do partido fascista e suas violentas brigadas; o apelo populista para adquirir base de massas; o discurso antissistêmico, anti-status quo e anticorrupção, que atraiu não apenas a pequena burguesia, mas também setores populares mais amplos; a aliança com segmentos importantes da igreja católica, notadamente o Papa Pio XI; um profundo desprezo pelas instituições parlamentares e a concentração de poder na figura do grande líder, uma espécie de mito salvador que remontava a um suposto passado de glória.
  3. Esse processo histórico também é resultado das políticas da social-democracia, em especial nos casos italiano e alemão, em que as alianças de classes, o reformismo e a institucionalização de uma parte da esquerda levaram ao seu descrédito frente a parte da classe trabalhadora, já que suas políticas mantinham o status quo da burguesia. Esses são, portanto, elementos importantes para compreendermos a ascensão de tais regimes e as consequências possíveis das vacilações e ambiguidades de parte da esquerda.
  4. O fascismo histórico, portanto, é um tipo de regime burguês/capitalista ditatorial assentado numa certa base de massas e em instituições militares e paramilitares, que faz uso sistemático do belicismo e da violência para eliminar política e fisicamente seus oponentes, principalmente comunistas e socialistas. Tais regimes surgiram como resultado da incapacidade da burguesia em manter seu poder político a partir de suas próprias mãos ou de representantes orgânicos e, com isso, apoiaram alternativas “independentes” que permitiram manter ou expandir seus interesses fundamentais.
  5. O bolsonarismo, portanto, é um tipo de neofascismo que guarda semelhanças com o fascismo histórico, tais como: a) o apelo à ordem, sempre remetendo a um passado supostamente glorioso e ordenado; b) o discurso anti-modernidade e anti-intelectual, estigmatizando parte da intelectualidade e os valores da modernidade como depravados e desagregadores; c) o controle dos corpos e sexualidades, buscando recompor o padrão das relações patriarcais e heteronormativas; d) o nacionalismo exacerbado, que no caso brasileiro é muito mais simbólico do que efetivo; e) o combate principal a tudo que se assemelhe a esquerda, realizando uma polarização permanente contra a “ameaça comunista”; f) o ataque permanente às instituições da democracia liberal, com ameaças de ruptura institucional, visando manter sua imagem de “anti-sistêmico” engessado pelo sistema; g) e o mais importante: o fortalecimento do capital monopolista.
  6. Bolsonaro e seu núcleo ideológico visam mobilizar permanentemente, social e virtualmente, os setores médios da sociedade, as camadas de média e baixa patente militar, setores paramilitares urbanos e rurais e frações mais reacionárias da burguesia. O bolsonarismo ainda conta com relativo lastro social e o mantém a partir das suas posições, iniciativas e retóricas conservadoras, moralistas, anticomunistas, racistas, machistas e pseudo-patrióticas, além do uso sistemático da mentira, da desqualificação e desmoralização de qualquer adversário. 
  7. O fato do bolsonarismo ser uma ideologia nos marcos do fascismo histórico não significa que o governo ou o regime político em vigor seja neofascista. Em ambos os casos, o domínio dos setores neofascistas no Estado em seu sentido ampliado (Executivo, Judiciário, Legislativo e Sociedade Civil) deveria ser muito maior do que o atual para afirmarmos que estamos diante de um regime neofascista. Uma das marcas da instabilidade política permanente dos últimos anos é justamente o inverso disso, com conflitos de variadas ordens e intensidades com o Poder Judiciário, especialmente o STF; dentro do Poder Executivo, entre as alas do governo (grupos neofascistas, Forças Armadas, partidos de direita convencionais, lavajatismo etc.); e mesmo no Congresso Nacional. O regime vigente no Brasil, mesmo sob o ataque de forças reacionárias da extrema-direita, ainda é o liberal-democrático-burguês. O governo Bolsonaro, embora ele e seu núcleo possam ser caracterizados como neofascistas, não se configura como fascista.
  8. Cabe às forças democráticas, populares e socialistas disputar e conquistar posições na sociedade que nos permitam enfrentar essa tática de polarização permanente de Bolsonaro. Para tanto, é preciso superar o encastelamento ou a burocratização de parte expressiva da esquerda, distante das lutas dos trabalhadores e trabalhadoras e dos setores populares. Para reconquistarmos terrenos perdidos para o bolsonarismo e sua rede de apoio, é fundamental termos iniciativas de estímulo à auto-organização dos setores populares. Uma condição necessária para tanto é forjar uma esquerda que, ao lado das lutas de resistência, desenvolva instituições e mecanismos de formação política permanentes, a exemplo dos cursinhos populares. Mas iniciativas como essa não devem ser somente para “alavancar” uma perspectiva individual de melhoria das condições de vida pela escolarização. Isso deve estar articulado com a formação de uma consciência anticapitalista, decolonial, antirracista, antimachista e em defesa da diversidade de nosso povo. Tudo isso deve ser feito com a apropriação do que existe de teoria e prática pedagógica, artística e cultural emancipatória.  

As forças políticas e sociais que sustentam Bolsonaro

  1. É preciso considerar que há sempre uma relativa disputa de projetos entre as frações de classe dentro do Bloco de Poder hegemônico, mesmo que as frações da burguesia conservem sua unidade nos seus interesses econômicos fundamentais. Assim, regime fascista propriamente dito não está posto como alternativa imediata, seja porque a correlação de forças ainda não permite que o núcleo ideológico do bolsonarismo o implemente, seja porque a agenda da burguesia está sendo posta em andamento nos marcos do regime democrático liberal.
  2. Atestar os limites que ainda existem para a expansão do bolsonarismo não nos impede de reconhecer que hoje esse fenômeno é maior que Bolsonaro e não precisa, necessariamente, que ele esteja na presidência para continuar incidindo nas disputas na sociedade e nos espaços de poder.
  3. Apesar de toda instabilidade política gerada, o Governo Bolsonaro manteve-se de pé pela convergência de diversas forças sociais e políticas responsáveis pelo golpe de 2016: o grande capital mais associado ao imperialismo (principalmente a mineração, o agronegócio e o capital financeiro); a maioria da classe média, principalmente das faixas de renda mais elevadas; e parte expressiva da pequena burguesia proprietária. Soma-se à grande burguesia uma grande massa de trabalhadores precarizados, autônomos e informais, politicamente desorganizados[1] e fortemente influenciados pelas grandes igrejas neopentecostais.
  4. Na esfera política, Bolsonaro é sustentado pelas Forças Armadas e pelo grupo de partidos e lideranças fisiológicas chamado de “Centrão”, além do segmento neofascista, minoritário no Congresso Nacional e hoje com menor peso no governo, depois de sucessivas perdas de espaço para acomodar o “Centrão”. O custo dessa base congressual foi o loteamento do governo para que esses setores viabilizassem os mais diversos esquemas corporativos, corruptos e eleitorais.
  5. Dessa forma, Bolsonaro conseguiu construir uma base na Câmara que lhe permitiu bloquear o impeachment e realizar parte das reformas antinacionais e antipopulares para as quais recebeu apoio do grande capital. No caso da reforma regressiva da Previdência Social, esta foi feita apesar das movimentações erráticas do próprio Bolsonaro, ficando a cargo das representações mais orgânicas e confiáveis do grande capital levá-la adiante, tais como o PSDB e o DEM (hoje União Brasil e que tinha em seus quadros Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados na época). Avançaram também a privatização da Petrobrás, da Eletrobrás e dos Correios.
  6. O governo está submetido a uma tutela civil, militar e burguesa. Como já pontuamos em outros momentos, “essa tutela não é absoluta e isenta de conflitos e tensões, mas acaba por sustentar o governo, condicionando-o em nome dos interesses do grande capital e suas frações (especialmente o agronegócio e o capital financeiro)”[2].
  7. A tutela se dá por dentro e por fora do governo, através do Congresso Nacional ou pela cúpula do judiciário. Conta com variadas formas de pressão e negociação, seja através de agentes mais diretamente ligados ao grande capital, seja com parte da elite política – aí entrando em cena as Forças Armadas – construindo mediações entre Bolsonaro, seus adversários no STF, no Congresso Nacional e com frações do capital. Nesse último aspecto, impõe limites para ações do governo que se chocam com interesses fundamentais do grande capital, como demonstra o recuo de Bolsonaro em relação à China.
  8. No caso das relações Brasil-China, constatamos que hoje a segunda maior economia do mundo é o principal parceiro econômico do Brasil, tanto em exportações e importações de mercadorias, como também se tornou um grande exportador de capitais. Essa relação, somada a outras formas de dependência econômica do país a outros países desenvolvidos, contribui para a primarização, privatização e desnacionalização de nossa economia. Amplia-se com ela o extrativismo e, consequentemente, a destruição ambiental.
  9. Trata-se de uma relação do tipo imperialismo-dependência. Por mais histriônico que seja o bolsonarismo, isso não bloqueou a capacidade de a China influenciar em políticas nacionais de seu interesse como, por exemplo, o leilão da internet 5G. Apesar de Bolsonaro e sua tropa de choque desejarem banir a empresa chinesa Huawei, seguindo as pressões do EUA (Trump e Biden), a empresa não foi excluída devido aos interesses de várias frações do grande capital presentes no Brasil e da maioria da base parlamentar no Congresso Nacional, favoráveis a uma boa relação com a China.
  10. O tom agressivo de Bolsonaro e do núcleo ideológico em seu entorno, nessa e em outras questões, é muito mais um movimento defensivo, isto é, sem maiores decorrências práticas, que atua em duas direções: Bolsonaro eleva o tom quando vê seu clã familiar e aliados mais próximos ameaçados, especialmente pela justiça, e fala diretamente para sua base de apoio, colocando-se como um líder “antissistema” perseguido em sua cruzada. De certa forma essa é uma tática que tem se mostrado eficiente até agora. Seu principal saldo é a manutenção de uma faixa de apoio próxima dos 25%, tornando-o um candidato competitivo para as eleições presidenciais de 2022.
  11. Evidente que Bolsonaro tem uma nítida intenção golpista e vai mantendo essa perspectiva permanentemente (a tentativa de não legitimar o resultado das eleições de 2022 vai nesse sentido). A questão é que, até agora, não teve condições necessárias para tornar o ensaio em ação efetiva e eficiente. Mas não se pode descartar que uma movimentação de desestabilização do processo eleitoral possa ocorrer e que isso crie condições para alguma engenharia autoritária, com ou sem o próprio Bolsonaro. Portanto, as forças democráticas, populares e socialistas devem, de antemão, preparar-se para enfrentar um cenário que pode tornar-se extremamente difícil no ano de 2022.

A crise econômica ampliou as desigualdades sociais

Crise, reconfiguração da classe trabalhadora e os desafios da esquerda

A resistência popular e o Fora Bolsonaro!

2022: a centralidade da luta deve ser nas ruas pelo Fora Bolsonaro!

A necessidade histórica de uma saída da crise pela esquerda

Construir o futuro nas lutas do presente: tarefas táticas prioritárias

Nesse contexto de crise sanitária e econômica, que está atingindo a juventude centralmente, a ala bolsonarista apresentou a PEC 206/19, que propõe a cobrança de mensalidade nas universidades públicas. Essa medida é um ataque à Constituição e à educação. Não toleraremos essa medida privatista! Não à PEC 206/19!

VIII ENCONTRO NACIONAL DA APS

08 a 10 de abril de 2022

São Paulo – SP


[1] Ver mais em FILGUEIRAS, Luís. As classes dominantes e o governo Bolsonaro. Le Monde Diplomatique, nº 163, 01 de fevereiro de 2021.

[2]Ver Resolução de Conjuntura e Tática da Coordenação Nacional da APS de novembro de 2021. Disponível em: https://acaopopularsocialista.com/2021/11/17/organizar-as-lutas-populares-para-derrotar-bolsonaro-e-construir-uma-alternativa-de-esquerda/

[3] Ver mais em: https://www.nexojornal.com.br/extra/2022/01/18/Mais-ricos-foram-menos-atingidos-pela-infla%C3%A7%C3%A3o-em-2021

[4] Ver mais em: https://www.dieese.org.br/analisecestabasica/2021/202112cestabasica.pdf

[5] Nesse caso o DIEESE utiliza o INPC ao invés do INPCA, mesmo assim os dados ilustram bem os impactos da crise sobre a classe trabalhadora. Ver mais em: DIEESE – boletim de conjuntura – Nº 31 – A herança de 2021 e o que esperar de 2022 – dezembro/2021

[6] Ver mais em: https://static.poder360.com.br/2022/02/pnad-desemprego-24fev2022.pdf

[7] Comparando o último trimestre de 2021 em comparação ao mesmo período de 2020.

[8] Ver mais em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-59557761

[9] Ver mais em: https://forbes.com.br/forbes-money/2021/08/quem-sao-os-40-novos-bilionarios-brasileiros-no-ranking-2021/

[10] Ver mais em As transformações do trabalho e da classe trabalhadora no processo da crise estrutural do capital. Disponível em: As transformações do trabalho e da classe trabalhadora no processo da crise estrutural do capital – Ação Popular Socialista (acaopopularsocialista.com).

[11] Ver mais em A crise se agrava e é urgente derrotar Bolsonaro, Resolução da CNAPS de agosto de 2020. Disponível em: https://acaopopularsocialista.com/2020/05/15/a-crise-se-agrava-e-e-urgente-derrotar-bolsonaro/

[12]Ver mais emOusar lutar e vencer para enfrentar a crise e construir uma alternativa de esquerda, Resolução da CNAPS de abril de 2021. Disponível em: https://acaopopularsocialista.com/2021/04/27/ousar-lutar-e-vencer-para-enfrentar-a-crise-e-construir-uma-alternativa-de-esquerda/

[13]Ver mais em Organizar as lutas populares para derrotar Bolsonaro e construir uma alternativa de esquerda, Resolução da CNAPS de novembro de 2021. Disponível em: https://acaopopularsocialista.com/2021/11/17/organizar-as-lutas-populares-para-derrotar-bolsonaro-e-construir-uma-alternativa-de-esquerda/

[14] As recentes pesquisas de opinião realizadas nos primeiros meses de 2022 já mostram uma tendência de redução da diferença entre Lula e Bolsonaro, com Lula caindo, ainda na margem de erro, e Bolsonaro subindo, já acima da margem de erro, segundo alguns institutos.

[15]Ver mais em Nem OTAN, nem EUA, nem Rússia oprimindo o povo da Ucrânia, Resolução da CNAPS de fevereiro de 2022. Disponível em: https://acaopopularsocialista.com/2022/02/28/nem-otan-nem-eua-nem-russia-oprimindo-o-povo-da-ucrania/

[16]Nossa posição sobre a tática eleitoral e em defesa de uma candidatura própria do PSOL em 2022 está acessível em: https://acaopopularsocialista.com/2021/04/20/o-brasil-precisa-de-uma-candidatura-do-psol-a-presidente-em-2022/.

[17] Ver mais em A vida do povo está acima dos lucros dos capitalistas, Resolução da CNAPS de março de 2020 sobre o Plano Emergencial, disponível em: https://acaopopularsocialista.com/2020/03/26/a-vida-do-povo-esta-acima-dos-lucros-dos-capitalistas/

[18]Complementando a Plataforma de Emergência que apresentamos em março de 2020 (https://acaopopularsocialista.com/2020/03/26/a-vida-do-povo-esta-acima-dos-lucros-dos-capitalistas/), também temos como referência o programa elaborado em torno da pré-candidatura do companheiro Glauber Braga à Presidência da República pelo PSOL, disponível em: https://manifestoglauber.com.br/programa.

[19] Sobre elementos mais específicos do cenário das eleições de 2022 e questões mais detalhadas de tática eleitoral, apresentaremos nova resolução em abril quando a situação das candidaturas estiver mais nítida.

[20] Resolução específica sobre o tema estará no caderno de Resoluções do VIII ENAPS.

[21]Os dados do IPEA apontam que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) teve expansão de 17,2% em 2021 na comparação com 2020. Esse dado indica aumento da capacidade produtiva da economia e a reposição da depreciação do estoque de capital fixo. Normalmente é um dado que aponta possibilidade de algum nível de crescimento da economia.

[22] No final de fevereiro, o Governo reduziu as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 25% para eletrodomésticos da linha branca (geladeiras, freezers, fogões e máquinas de lavar) e automóveis.

[23] Trata-se de dados de 2019. Os dados de 2021 ainda estão sendo compilados, mas a tendência é de pouca alteração nesse percentual. Ver mais em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/negros-representam-78-das-pessoas-mortas-por-armas-de-fogo-no-brasil/

[24]Segundo a Síntese de Indicadores Sociais de 2020 do IBGE. Ver mais em:https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/12/pretos-e-pardos-com-curso-universitario-ganham-31-menos-do-que-brancos-diz-ibge.shtml


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