A Ação Popular Socialista (APS-PSOL) dirige-se ao conjunto dos filiados e filiadas do PSOL para apresentar sua posição sobre as agressões ocorridas durante o 8º Congresso Nacional do PSOL:
1- A violência esteve presente em grande parte do 8º Congresso Nacional do PSOL, materializando-se em algumas situações de agressões físicas. Também ficou evidente nos gritos e vaias às falas de diversas mulheres; no etarismo e machismo; e nas batalhas de palavras de ordem ofensivas, estigmatizadoras e despolitizadas.
2- Ao final, concluímos o Congresso sem debater e aprovar oficialmente as contribuições setoriais e com cenas lamentáveis de violência que repercutiram em todo o país.
3- Somos contrários a instrumentalização do ocorrido e a naturalização da violência entre nós. Por pouco a confusão não se tornou uma tragédia, com acidentes no palco, escalada das agressões e prejuízos à integridade física de uma criança que se perdeu momentaneamente.
4- Repudiamos a covarde agressão física sofrida por Roberto Robaina (MES), que conta com nossa solidariedade. Nada justifica a atitude tomada pelo militante da Revolução Solidária.
5- Não podemos deixar de repudiar também a agressão realizada por um dirigente do MES ao dirigente nacional da Resistência, Rodrigo Bocão, mesmo considerando que foram em intensidades bem diferentes.
6- Após análise minuciosa das filmagens, posicionamo-nos pelo imediato afastamento dos militantes das fileiras do partido até que a situação seja avaliada pela Comissão de Ética, pelo Diretório Nacional do PSOL (DNPSOL) e as medidas cabíveis sejam tomadas, garantindo a todos o direito de defesa.
7- Solicitamos celeridade da Comissão de Ética para que o relatório da situação seja analisado no primeiro DNPSOL de 2024.
8- Ao longo da semana publicaremos nosso balanço sobre o 8º Congresso Nacional do PSOL, analisando-o de forma ampla e buscando compreender o que levou a esses episódios lamentáveis em sua finalização.
Coordenação Nacional da APS-PSOL