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Por Jorge Almeida*

2022 chegou ao final. E pode ficar na história como o ano da consolidação de uma bipolarização imperialista, que é uma tendência que vem desde o pico da crise estrutural do capitalismo de 2008.

Um possível marco simbólico do desenrolar dessa bipolarização pode ser 2014, quando a Rússia voltou ao cenário internacional intervindo na Ucrânia para reanexar a Crimeia. Em setembro de 2014 interviu militarmente na Síria, a chamado do governo local. Eram os dois únicos países onde a Rússia pós-soviética mantinha grandes bases militares. As ações ocorreram no contexto do golpe de estado anti-Rússia na Ucrânia e uma tentativa de golpe na Síria.

Naquele ano, a China consolidou a ocupação militar e construiu bases em ilhas de recifes no Mar do Sul, disputadas também por outros países (Vietnã, Filipinas, Malásia, Bornéu).

Em setembro de 2013, a China havia lançado o projeto Belt and Road Initiative (BRI), também chamado Nova Rota da Seda, um grande projeto de expansão chinesa para todos os continentes.

Não por acaso, 2014 também foi o ano da assinatura de dois grandes pacotes de acordos entre a Federação Russa e a República Popular da China (RPC), em maio e novembro. Acordos de interesse mútuo, tanto econômico como diplomático, militar e geopolítico.

Foi ainda no final de maio de 2014 que o presidente dos EUA, Barack Obama, declarou na Academia Militar de West Point que as ações da Rússia na Ucrânia e da China no Mar do Sul poderiam envolver respostas das forças armadas dos EUA, admitindo, assim, que esses estados seriam ameaças militares. Mais: admitia implicitamente que havia um desafiante à hegemonia imperialista unipolar dos EUA.

Em 2017, Donald Trump iniciou a Trade War contra a China e em 2019 a crise econômica mundial reapareceu combinada com a pandemia da Covid-19, trazendo todas as nefastas consequências que conhecemos.

Finalmente, chegamos a 2022, um ano riquíssimo em fatos que convergem demonstrando a consolidação do curso de uma mudança na “ordem mundial”.

É uma ruptura da unipolaridade hegemônica imperialista centrada nos EUA. Porém, não na direção de um “multilateralismo”, mas de uma bipolarização semelhante a uma nova “guerra fria”, com as particularidades do novo contexto, bem diferente de 30 anos atrás.

Em 2008 e 2020 tivemos duas grandes manifestações da crise estrutural do capitalismo herdada do final do século 20. Ficou claro que a crise não é apenas econômica e financeira. É também ambiental, alimentar, energética e sanitária. E que se manifesta, de modo desigual e combinado, também de modo político, em diversos países, com consequências nacionais diferenciadas.

Trump, além de pregar a prioridade do combate à China, acabou chutando o pau da grande barraca que aninhava aliados históricos dos EUA na Europa e na Ásia, de quem acabou se afastando e gerando um certo isolamento negativo para o imperialismo estadunidense.

Porém, a volta dos chamados “democratas” na figura de Joe Biden, recolocou os EUA na ofensiva internacional, indo além dos bloqueios, protecionismos e banimentos, principalmente comerciais, aplicados no governo “republicano” de Trump.

Na cena pública, a guerra na Ucrânia chamou mais atenção. Mas, a disputa principal dos EUA é com a China. E o principal campo de batalha não é militar nem comercial, é o tecnológico. E, além de sanções contra os inimigos, seria necessário recompor alianças.

Em 2022, diversos fatos expressam a bipolarização

A guerra na Ucrânia, cujo fim e consequências ainda estão por vir, tem, por enquanto, dois grandes prejudicados: a Ucrânia e a Europa. A Rússia expandiu seu território, mas há controvérsias sobre as consequências de médio e longo prazos para o país. A guerra vem ajudando os EUA a saírem do isolamento relativo, ampliando sua influência sobre a Europa, fortalecendo a OTAN e a hegemonia da principal potência imperialista sobre seus aliados.

Os atentados contra os gasodutos do Nord Stream 1 e 2 aprofundaram o rompimento econômico e diplomático entre a União Europeia a Rússia. A crise energética europeia avançou, fazendo seus países procurarem recursos entre aliados que pareçam mais seguros, o que pode limitar as futuras parcerias russas.

A China ganha com a dependência russa e a ampliação de seu comércio bilateral. Mas, também tem prejuízos, pois o conflito serve de justificativa para a ofensiva dos EUA no campo tecnológico, que é tudo que a RPC não quer. Portanto, há controvérsias, mas uma coisa é certa: essa guerra reforça a bipolarização, em oposição ao “multilateralismo” desejado e presente no discurso sino-russo.

As eleições parlamentares nos EUA não foram uma derrota de Biden pois, mesmo com os desgastes da guerra, o Partido Democrata conseguiu se sair relativamente bem, apesar do aprofundamento das contradições internas nos EUA, tanto entre as frações dominantes, como entre dominantes e oprimidos. Isso legitima a continuidade de sua política externa.

No outro polo, o XXº Congresso do PCCh consolidou o inédito terceiro mandato de um presidente. Isso reflete, além da liderança de Xi Jinping, a necessidade de uma maior centralização do partido-estado chinês para responder aos desafios da bipolarização mundial, prevenindo também instabilidades políticas internas. Pois, as insatisfações e protestos cresceram em 2022, sendo respondidas com maior repressão sobre movimentos de trabalhadores e da juventude. Além disso, há as consequências da profunda crise imobiliária e da Covid-19 e seu controle, as contradições entre frações da burguesia interna com o partido-estado e entre as próprias tendências internas do partido.

Eventos multilaterais e bipolarização[1]

Em junho, os BRICS realizaram sua 14ª reunião, com a presença dos chefes de estado dos seus cinco membros, sob o lema “Promover uma Parceria de Alta Qualidade e Inaugurar uma Nova Era para o Desenvolvimento Global”, que expressa a visão da China que está na presidência de turno da entidade. Mas, o encontro foi morno, com uma declaração final sem questões polêmicas e, sobre a guerra na Ucrânia, um breve parágrafo formal sem tomar partido. A novidade são as articulações para a ampliação de seus membros, o que pode ter consequências geopolíticas mais adiante.

A ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático, com dez membros), realizou uma cúpula no Camboja, em novembro. Biden esteve presente e a entidade está sendo disputada por China e EUA.

O encontro do G20 também foi realizado em novembro, na Indonésia. Teve a presença de Xi Jinping e Joe Biden e a ausência Putin, representado por Sergei Lavrov (ministro das Relações Exteriores). Porém, foi um encontro de declarações formais sobre o enfrentamento da crise econômica e dos conflitos geopolíticos atuais. A guerra na Ucrânia foi um tema central mas, apesar das pressões dos EUA, a declaração final foi moderada e indiretamente crítica à Rússia, enquanto a China agiu evitando conflitos e procurando mostrar neutralidade diante da guerra.

A Cúpula da COP-27 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), em novembro, no Egito, tão pouco teve decisões multilaterais importantes. O encaminhamento das questões centrais estagnou ou retrocedeu, por causa da piora da crise energética devido a guerra na Ucrânia.

Em dezembro, Xi esteve na Arábia Saudita, onde foi recebido com honras. Teve uma cúpula com os seis países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e outro encontro com altos dirigentes de outros países árabes, como Tunísia, Egito, Líbia e Iraque. Também ocorreram encontros bilaterais com os representantes de cada país. Os chineses ressaltaram as relações milenares da antiga Rota da Seda e programam uma grande cúpula China/países árabes.

Biden tinha ido ao Oriente Médio (julho), quando visitou Israel, a Autoridade Nacional Palestina e a Arábia Saudita, pressionando pelo aumento da produção de petróleo, o que não conseguiu. Hoje, os países da OPEP se aliaram à Rússia, formando a chamada OPEP+. Teve também uma conferência com dirigentes do CCG, e do Iraque, Jordânia e Egito. Além do petróleo, Biden pautou segurança, terrorismo, meio ambiente, China, Iran e a guerra no Iémen. Ele foi recebido calorosamente em Israel, mas não em Riad.

China e a Rússia aprofundam intercâmbios econômicos na região. Os EUA perdem influência, mas continuam sendo o parceiro militar prioritário da Arábia Saudita.

Em dezembro, Biden reuniu-se com cerca de 50 chefes de estado da África, em Washington, por ocasião do U.S – Africa Business Forum. Os EUA tentam compensar os avanços chineses e russos nos últimos anos no continente: econômicos, diplomáticos, militares e com projetos de “cooperação”. Do mesmo modo, os europeus também estão tentando uma redução de danos.

Biden anunciou bilhões de dólares em investimentos nos próximos anos, especialmente em infraestrutura, meio ambiente e saúde, além de maior participação de países africanos no G20 e no Conselho Permanente da ONU, e uma visita ao continente em 2023.

China e Rússia fizeram acordos bilaterais volumosos (econômicos e militares) com o Irã, que visam reforçar o polo China-Rússia da bipolarização. O Irã assinou um “Memorando de obrigações” para entrar na SCO (Organização de Cooperação de Xangai), entidade regional encabeçada por China e Rússia que envolve oito países, incluindo ex-membros da URSS, Índia e Paquistão.

Em contrapartida, em setembro de 2021 os EUA já tinham realizado grandes acordos militares com vizinhos que têm disputas com a China.

Foi formado o AUKUS, por Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, na região do Indo-Pacífico, que inclui a construção, pela Austrália, de submarinos com tecnologia estadunidense: nuclear, quântica, inteligência artificial e cibersegurança.

No mesmo mês, os EUA reacenderam o QUAD (Diálogo de Segurança Quadrilateral), constituído por EUA, Índia, Japão e Austrália, que estava esquecido desde 2007, em reuniões de Biden com os chefes de governo desses países, realizadas nos EUA.

Além disso, em visita ao Japão (maio de 2022), Biden anunciou a assinatura de um acordo comercial com 12 países indo-asiáticos formando o Quadro Econômico Indo-Pacífico (IPEF), para fortalecer suas relações econômicas na região. Sete desses países fazem parte do ASEAN.

Porém, em abril de 2022, a China já tinha formalizado um acordo de presença militar, segurança policial e comércio de armas, com o pequeno estado das Ilhas Salomão, que que fica no Pacífico Sul.

Em agosto, Nancy Pelosi viajou a Taiwan numa provocação dos EUA à China, pois ela era a presidente do Congresso estadunidense e a ilha é corretamente considerada pela China sua província rebelde.

Em janeiro, a Rússia enviou tropas ao Cazaquistão para reprimir uma grande revolta popular, que foi manipulada por grupos dissidentes do próprio regime oligárquico do país para dar um golpe de estado. A Federação Russa tem um acordo de segurança com o país vizinho, dentro da OTSC (Organização do Tratado de Segurança Coletiva), que é um tratado militar de 1992 transformado em organização em 2002. Liderada pela Rússia, a OTSC visa manter uma parte da influência da URSS. Dela, fazem parte Armênia, Belarus, Cazaquistão, Quirquinstão, Rússia e Tadjiquistão.

Em setembro, o Azerbaijão, ex-membro da OTSC, que hoje tem relações prioritárias com os EUA e a Turquia, voltou a atacar a Armênia, em Nagorno-Karabakh, aproveitando o momento em que a Rússia está concentrada na Ucrânia. O problema tem origem na política autoritária de definições territoriais da URSS. É um conflito que interessa também aos EUA e à Turquia, visando sua influência no Cáucaso.

China e Rússia e EUA e aliados se acusam mutuamente de escalada militar, enquanto ambos entraram na corrida armamentista e realizam exercícios militares conjuntos com países aliados e amigos.

Mas o campo de batalha principal é o tecnológico

A RPC vem ocupando uma posição de liderança no fornecimento de infraestrutura de internet 5G, via sua empresa Huawei. Sob pressão dos EUA, ela vem sofrendo banimentos em vários países como Inglaterra, Austrália e Japão. Mas, no Brasil, sobreviveu às pressões.

Entretanto, a batalha dos microchips, que hoje é o nó estratégico principal da disputa tecnológica, se radicalizou. Neste setor, a China tem avançado rapidamente, porém ainda está mais atrasada. Para bloquear seu progresso, os EUA têm endurecido os banimentos visando a limitação da venda de semicondutores mais potentes à China, que são produzidos em Taiwan e na Coreia do Sul. Além disso, busca bloquear a transferência tecnológica e o comércio de máquinas produtoras de microchips para a China. Ao mesmo tempo, os EUA buscam coordenar uma espécie de “força tarefa” de empresas e entidades de vários países aliados para produção de C&T e P&D de modo associado. Já a China, faz um enorme esforço contando com as próprias forças, atraindo cérebros estrangeiros a peso de ouro e projetos com alguns países que não aceitaram as sanções impostas pelos EUA.

A RPC lançou o foguete da missão Shenzhou-1, levando astronautas à estação espacial de Tiangong, em novembro. Além disso, China e EUA noticiaram progressos nos programas para construir bases na Lua e ambos têm robôs circulando em Marte. E os EUA, noticiaram uma estação espacial em volta da Lua, preparando novas viagens humanas ao satélite e acirrando a disputa no espaço sideral.

A China reconheceu em 2022 ter lançado inéditos mísseis hipersônicos em 2021. Eles têm capacidade nuclear, viajam a cinco vezes a velocidade do som e podem dar a volta na Terra. A Rússia, provavelmente, foi a primeira a fabricar esses mísseis, desde 2021. Mas, em dezembro de 2022, os EUA também anunciaram seu primeiro teste completo com esse tipo de armamento.

Por outro lado, outra questão estratégica em disputa, ainda que, por enquanto, de modo embrionário, é sobre a(s) moeda(s), que serão usadas como moedas mundiais de reserva e no comércio, na medida em que o dólar também começa a ser enfrentado gradualmente por outras moedas, especialmente pelo Yuan.

Apertos de mão e discursos compartilhados

Nesse contexto, o aperto de mão entre Xi Jinping e Joe Biden durante o G20 e as declarações consensuais genéricas, não refletem o jogo pesado.

Sobre isso, os EUA mantêm o seu discurso de defesa da paz e democracia e acusando os seus adversários, tanto de ações econômicas supostamente ilegais, como de serem os únicos responsáveis por agressões militares, como no caso da Ucrânia. Porém, os EUA mantêm uma ofensiva visando o isolamento da Rússia, seja com duras sanções, com o avanço da OTAN na Europa e sendo o principal financiador e fornecedor de armas para a Ucrânia. Além de muitas sanções econômicas e agressões militares a outros países. O que demonstra que a saída dos EUA do Afeganistão em agosto de 2021 foi apenas um movimento tático, após uma ocupação fracassada.

De outro lado, Rússia e China falam em multilateralismo e em defesa de um mundo “harmônico”, de “futuro compartilhado” e da “cooperação” onde predomine o chamado “ganha-ganha”, processo econômico no qual todos sairiam ganhando de modo equilibrado. É o conteúdo dos comunicados conjuntos, como o de fevereiro de 2022, nas vésperas da invasão da Rússia na Ucrânia.

Entretanto, enquanto fazem esse discurso idealista de inspiração liberal, ambos agem de modo realista, coerente a uma situação de conflito. Assim, o discurso do “multilateralismo” parece mais uma parte de um marketing político-diplomático.

Por outro lado, parece que recentemente Biden resolveu mimetizar e compartilhar esse discurso, ao falar para países da periferia dependente em termos de “sucesso compartilhado”, “futuro onde ninguém fique pra trás” e “parceira sem dependência” e “sem criar obrigações políticas”.

Evidentemente, dentro de todo esse contexto há um sem número de particularidades, fatos e posicionamentos estatais nacionais e regionais que que podem, de alguma maneira, procurar equidistâncias e relações multilaterais, mas sem alterar a tendência global do processo da bipolarização imperialista.

Está faltando o quê?

2022 apresentou o recrudescimento de um processo histórico de desenvolvimento do capitalismo, no seu estágio imperialista, que vem desde o final do século XIX, e agora está se manifestando numa nova fase de bipolarização interimperialista.

Dois blocos estão se conformando. Avançam os monopólios e o capital financeiro. As empresas de ambos os blocos continuam aprofundando seus processos de fusão, incorporação, cartelização, extrapolando suas fronteiras nacionais e desenvolvendo a exportação de capitais.

Endurece a disputa por áreas de influência. Há uma forma diferenciada de repartição do mundo, não mais na forma de colônias, nem necessariamente conquistadas pela força, mas que continua sendo uma forma de partição de áreas de influência, econômicas, diplomáticas e militares.

Aprofunda-se a disputa por matérias primas, energia e alimentos por parte das grandes potências dos dois grandes blocos imperialistas liderados por EUA e China. Idem, a disputa por mercados para colocação de suas mercadorias industrializadas e seus capitais, tanto na forma de investimentos diretos como de financiamentos.

Avança o protecionismo, bloqueios, banimentos, punições e sanções em geral entre as grandes potências.

O intercâmbio desigual é apresentado como “ganha-ganha”, “sucesso compartilhado”, “futuro compartilhado” ou “parceria sem dependência”. A superexploração se apresenta como “ofertas de empregos”. A exportação de capitais é chamada de “cooperação” “sem criar obrigações políticas”, da mesma forma que trabalhadores são chamados de “colaboradores” e subempregados denominados “empreendedores”.

Especialmente, endurece a disputa pela vanguarda tecnológica, não só pela criação, inovação e produção nacional de cada grande potência, mas também no esforço de bloqueios e banimentos para impedir que os outros desenvolvam tecnologias competitivas. E, mais que isso, com os esforços transnacionais, entre estados aliados, para a produção tecnológica competitiva de modo associado, mas blocado.

Continuam as guerras localizadas ou “por procuração” e se acelera a corrida armamentista dos dois lados, assim como a corrida aeroespacial em meio aos conflitos onde aparecem as insinuações de uso de armas nucleares.

Enfim, o imperialismo, em suas várias facetas, continua avançando na periferia dependente a chamado das classes e elites dominantes nacionais (inclusive, parte daqueles que foram ou ainda se apresentam como sendo de “esquerda”) e não somente por imposição militar externa. Pois, parte da “esquerda”, que foi anti-imperialista, agora governa querendo ser campeã da “atração de capitais” monopolistas de várias potências imperialistas.

Então, está faltando o que para a compreensão de que o que está ocorrendo é efetivamente uma bipolarização interimperialista?

* Jorge Almeida é professor do Departamento de Ciência Política e do PPGCP da UFBA.

Publicado em 26/12/2022 em: https://aterraeredonda.com.br/a-bipolarizacao-imperialista/


[1] Aqui estamos abstraindo os conflitos que vêm de alguns anos atrás, assim como presenças militares das grandes potências, suas exportações de armamentos, instalação de bases militares e das chamadas “missões de paz”.

Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Site.

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