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Veja o artigo do movimento de juventude Pajeú. O Carnaval vem sendo festejado pelo povo no Brasil há séculos. Desde a escravidão no período colonial aos subúrbios das escolas de samba na década de 1920, do frevo pernambucano do fim do século XIX até à construção de blocos afros na década de 1970, a festa é enraizada na cultura e na vida do nosso povo. A alegria e a contestação foram características marcantes do Carnaval durante toda a sua história, e perduram até hoje.

A indústria cultural, além de outros setores empresariais, vem tentando transformar essa festa construída pelas classes populares em mera mercadoria. As privatizações dos circuitos através das cordas nos blocos, camarotes, abadás, das caras fantasias, ou o monopólio das cervejas nos circuitos, tornam evidente o sentido mercadológico.

Para o Carnaval do mercado o machismo, o racismo, a segregação e a privatização do espaço público são regras na avenida. As mulheres, sobretudo as negras, são vítimas da mercantilização dos seus corpos e da violência machista, seja no conteúdo das músicas ou nos abusos na avenida. O povo pobre, principalmente quando se é negro ou negra, é o maior alvo da violência policial e da segregação, tendo negado o seu direito aos espaços públicos que foram privatizados e elitizados.

Mas nossa juventude não aceita calada essa imposição! A alegria, a contestação e a Resistência que estão presentes desde as origens do Carnaval também são características da juventude, que ousa lutar, ousa ser rebelde e ousa ser feliz! Com muito gliter e irreverência.

Afinal, “O carnaval, quem é que faz?
“O carnaval ainda quem faz é o folião!” (Baiana System)

Por isso, a juventude deve colocar o bloco na rua, protestando, não aceitando a imposição da ganância do mercado pelo lucro. A juventude deve enfrentar o machismo e o racismo também no Carnaval, deve lutar pelo direito à cultura, à cidade e ao Carnaval!

 

https://www.facebook.com/juventudepajeu/

Foto: Carnaval baiano de 1980

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