Nota Pública da Ação Popular Socialista (APS) | Maio de 2024
Acompanhamos com profunda consternação os recentes desenvolvimentos do massacre contra o povo palestino, que já resultou na morte de mais de 30 mil pessoas desde outubro de 2023. Trata-se de uma escalada de violência brutal, implicando graves violações dos direitos humanos e do direito internacional. Longe de ser uma mera disputa territorial, a ofensiva israelense representa uma luta desigual pelo direito à autodeterminação, justiça social e dignidade humana. É imprescindível defender a luta palestina como uma resistência legítima frente a uma ocupação opressora.
O genocídio do povo palestino, uma crise humanitária e política prolongada, é intensificado pelos contínuos bombardeios e pela ocupação militar israelense, com o apoio incondicional dos Estados Unidos. Esta relação simbiótica não apenas perpetua a violência, mas também sustenta a infraestrutura de um apartheid contemporâneo, desconsiderando resoluções internacionais e ignorando apelos globais por justiça e paz.
Consideramos inaceitável a recente decisão do Exército brasileiro de adquirir 36 viaturas blindadas de combate, conhecidas como obuseiros, da empresa israelense Elbit Systems, uma das maiores fabricantes de armas e sistemas militares de Israel. A compra desses armamentos, que deve totalizar quase R$ 1 bilhão, fortalece, na prática, a máquina de guerra sionista.
Exigimos que o governo Lula e a comunidade internacional adotem uma postura ativa, indo além das condenações verbais. É urgente impor sanções econômicas e diplomáticas a Israel, que se somem ao crescente boicote internacional como forma de pressão para o cumprimento do direito internacional. Esta não é apenas uma questão de política externa, mas um compromisso ético.
A APS se compromete a fomentar um movimento de solidariedade ativa, engajando-se em manifestações e promovendo campanhas de solidariedade a causa Palestina e participação em ações educativas para esclarecer a opinião pública sobre a realidade do genocídio em Gaza. Destacamos a importância do apoio aos movimentos sociais, como os estudantes e professores das universidades estadunidenses e os trabalhadores da Google, que enfrentam repressão por sua solidariedade com a Palestina. Esses atos de bravura e resistência são fundamentais para fortalecer a luta por justiça.
O momento exige uma resposta coordenada e firme que garanta o fim da opressão e o reconhecimento ao direito inalienável do povo palestino à sua terra e à sua dignidade.
Do Rio ao Mar, Palestina Vencerá!