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A luta das mulheres é todo dia, mas hoje, 8 de março, data histórica que demarca o Dia Internacional de Luta das Mulheres, coletivamente nos levantamos em todo o mundo para lembrar a todas, todos e todes que não daremos nenhum passo atrás na luta pela garantia das nossas vidas e dos nossos direitos!

No Brasil, uma mulher é vítima de violência a cada quatro horas. Em 2022, 2.423 mulheres foram vítimas de algum tipo de violência, sendo 495 destas vítimas de feminicídio, dos quais 75% foram cometidos por companheiros e ex-companheiros. A Bahia, infelizmente, lidera esse ranking no Nordeste, com 91 vítimas, de acordo com a Rede de Observatórios de Segurança.

Esse quadro dramático tem relação direta com o que vivenciamos nos últimos 4 anos do governo genocida, especialmente com o desfinanciamento das políticas de enfrentamento à violência contra a mulher. Em 2020 ocorreu a menor destinação orçamentária para esta finalidade em uma década. Enfrentamos também o fortalecimento de movimentos ultraconservadores, que elegeram a igualdade de gênero, raça e sexualidade como tema a ser combatido nos conteúdos das escolas e universidades. Além disso, ainda estamos sofrendo as consequências da pandemia da Covid-19, que dificultou o funcionamento dos equipamentos públicos de acolhimento às mulheres vítimas de violências.

Especialmente nós, mulheres negras, somos as que mais sentimos na pele essas diversas formas de violência. O machismo, o racismo e as desigualdades são marcas indissociáveis da vida das mulheres negras. E apesar destes marcadores, são as mulheres negras que transformam e movem as estruturas do nosso país, e seguiremos lutando de forma radical.

Eu não estou aceitando as coisas que eu não posso mudar, estou mudando as coisas que eu não posso aceitar (Angela Davis).

Texto de Marcela Prest

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