13 pontos para nossa atuação no segundo turno
- Estamos a dez dias da eleição presidencial de 2022. Depois do resultado do primeiro turno, o que temos é um cenário incerto, mas nossa luta coletiva e dedicação individual pode garantir a vitória de Lula no próximo dia 30/10. O criminoso Bolsonaro precisa ser derrotado a todo custo! Sua vitória será o aprofundamento da tragédia de destruição dos direitos do povo, da soberania nacional e das liberdades democráticas. A vitória de Lula é a que cria hoje melhores condições para a Resistência Popular contra o ultraliberalismo, o neofascismo e a luta pelo socialismo.
- O eixo geral da campanha melhorou, sendo mais ofensivo contra o genocida Bolsonaro, sua família e aliados. Ao mesmo tempo, buscou apresentar propostas concretas com possíveis impactos positivos sobre a vida do povo trabalhador. Não se trata de um programa mais estrutural ou abrangente, mas contribui para virar votos de indecisos ou de pessoas dispostas a anular seu voto.
- Bolsonaro e sua quadrilha a serviço do grande capital também foram colocados na defensiva, tendo que se organizar para responder aos múltiplos ataques sofridos depois de suas declarações de abuso sexual contra crianças venezuelanas. A mobilização digital, principalmente aquela mais na superfície, melhorou. O ativismo popular, democrático e socialista se viu mais motivado e disposto a ir para a guerra política e comunicacional. A tendência é que isso desça para espaços menos visíveis, como os aplicativos de mensagens. Nesse ambiente é importante traçarmos estratégias específicas para cada grupo, realizando permanente diálogo com amigos, parentes, ex-alunos, ex-colegas de trabalho e de infância etc.
- A campanha Lula mudou o clima de mobilização, saindo dos comícios fixos para caminhadas que contribuíram para animar a militância e o eleitorado, com boa repercussão no Nordeste, mas também com saldos positivos em São Paulo e Rio de Janeiro (estados-chave nas eleições).
- Como regra geral, a participação de Lula no debate da Band (mesmo com o desempenho regular do momento final) foi positivo, isto é, não teve nada que contribuísse para subtrair suas intenções de voto apontadas nas pesquisas. Quem tem que virar o placar é o neofascista Bolsonaro, não Lula.
- Tudo isso nos permite afirmar que as chances de vitória de Lula são boas, sendo essa a tendência principal. Mas a luta de classes e sua manifestação na atual disputa eleitoral é muito dinâmica e dez dias é bastante tempo. Agora devemos nos manter mais mobilizados.
- Devemos combater o clima de medo que os bolsonaristas querem impor, evitando reproduzir em nossas redes sociais e grupos de mensagens as várias ameaças, em grande maioria falsa, que circulam. Estamos diante de uma tática eleitoral do bolsonarismo cujo objetivo é inibir nossa ação para virar votos e gerar maior abstenção do nosso lado. É possível vencer e devemos Ousar Lutar todos os dias, sem medo!
As pesquisas apontam estabilidade, mas com Lula mantendo vantagem
- Em média, as pesquisas mostram entre 4% e 5% de diferença pró Lula. É uma diferença pequena, mas que pode ser mantida até o final da votação. A grande maioria do eleitorado (acima dos 90%) já definiu seu voto. A margem que existe de crescimento das candidaturas se dá pelos poucos que ainda podem mudar de voto, pelos indecisos, nulos e brancos (menos de 8% em média) ou pelo fator abstenção, que tradicionalmente é maior no segundo turno e atinge mais o eleitorado de Lula, para o qual devemos ter ações específicas (ver no item 11).
- A tarefa principal das forças populares, democráticas e socialistas agora é manter a temperatura da campanha em alta, com muita mobilização; ações nas empresas, escolas, universidades, territórios e nas redes sociais.
- De acordo com decisões já tomadas em nossas direções estaduais, devemos apoiar ativamente, mesmo ressalvando nossas críticas, ou declarar voto nas candidaturas que se opõem abertamente a Bolsonaro e já declararam apoio a Lula no segundo turno.
Tarefas para elegermos Lula
- As prioridades políticas e organizativas desta reta final são:
- Organizar nossas bases políticas, sociais e eleitorais e realizar atividades de agitação, propaganda e diálogo em regiões de grande fluxo de pessoas e nas zonas eleitorais onde Ciro, Tebet e o próprio Bolsonaro tiveram mais votos. Aqui é importante darmos uma demonstração de força pró Lula manifestando nossa preferência eleitoral com adesivos, camisas e bandeiras.
- Organizar e orientar as guerrilhas virtuais para desmascararmos as mentiras de Bolsonaro e aliados, além de apresentarmos as propostas concretas da candidatura Lula.
- Manter nossos comitês majoritários e proporcionais abertos, realizando distribuição de materiais e atividades regulares, bem como orientando ativistas e eleitores sobre a campanha.
- Combater a abstenção eleitoral: defender nos estados e municípios a gratuidade e a manutenção da frota dos dias comerciais; utilizar da melhor forma possível e dentro da legislação eleitoral os carros privados.
- Realizar visitas domiciliares: da rede de relações pessoais (família, amigos e colegas de trabalho); de pessoas que já travaram lutas conosco ou foram beneficiadas por conquistas de nossa ação nos movimentos sociais e estão dispersos; de bases sociais da nossa ação na institucionalidade estatal (escolas e bairros que receberam emendas parlamentares ou tiveram demandas imediatas atendidas, por exemplo); de zonas eleitorais com altos índices de abstenção; de regiões com alta incidência de pessoas de baixa renda e evangélicos etc. Em todos os casos, devemos apresentar a importância das pessoas irem votar em Lula, pois pesquisa não ganha eleição, ou de como Bolsonaro pode piorar suas condições de vida caso seja reeleito.
- Articular, junto com as representações da Coligação Brasil da Esperança ou da Coligação Estadual apoiada pelo PSOL nos casos em que está ocorrendo 2º turno, o cadastramento de nossa militância para Delegado ou Fiscal no dia da eleição.
- Ao pedir voto, nossa militância deve seguir as seguintes orientações:
- Foque nos indecisos, nulos e brancos: esse é o nosso público principal.
- Fale sobre temas que afastam as pessoas de Bolsonaro, como descaso com a vida durante a pandemia, aumento da pobreza, desemprego, maracutaias dos filhos, meio ambiente e inflação. Utilizem termos mais comuns para as pessoas, tais como: fome, carestia, miséria, violência, destruição da educação pública, melhores salários.
- Apresente propostas defendidas por Lula nestas eleições: regime previdenciário para trabalhadores de aplicativos, isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, aumento real do salário-mínimo, geração de emprego etc.
- Não ataque apoiador de Bolsonaro e nem caia em provocações. Evite se colocar em situação vulnerável.
- Se o diálogo estiver difícil, passe as informações mais importantes e demonstre respeito pela pessoa; se for possível, encaixe outro assunto mais leve. É importante conquistar o mínimo de simpatia da pessoa para que ela reflita depois.
- Cada lugar necessita de uma estratégia de diálogo diferente. É importante ouvir, entender a motivação do eleitor e agir em cima dela.
- Crie grupos ou entre em grupos de Whatsapp para compartilhar conteúdo.
- Use bastante o status do Whatsapp.
- Use o Facebook para ampliar o número de pessoas alcançadas.
- Não perca tempo discutindo com bolsonaristas convictos.
- Aproveite o assunto que está na pauta política do dia.
- Ouça mais do que fale e seja humilde durante o diálogo, sem se colocar como mais “sabido” que a pessoa.
- Agora é momento de mobilização intensa, são dias que valem anos. Devemos estar todos os dias nas ruas e nas redes sociais virando voto e abrindo diálogo com nosso povo. Vamos derrotar Bolsonaro nas urnas e nas ruas, criando melhores condições para retomarmos a resistência popular. É Lula 13!
SEM MEDO DE LUTAR PARA SER FELIZ!
Ousando Lutar, Venceremos!
Executiva Nacional da APS/PSOL
Ação Popular Socialista.