A pressão para que o PSOL integre o campo liderado por Maia e a direita neoliberal cresceu nos últimos dias e nós, da Ação Popular Socialista (APS/PSOL), acreditamos que antes de qualquer sinalização a uma frente ampla é preciso construir um campo do PSOL com as forças de centro-esquerda (PT, PC do B) e centro (PDT, PSB e REDE), a partir de um acordo programático mínimo de defesa dos direitos do povo, da soberania nacional, das liberdades democráticas e em oposição às reformas liberais e entreguistas.
Caso se confirme a adesão destes partidos a uma candidatura da direita neoliberal e golpista tradicional, o PSOL deve lançar uma candidatura própria à presidência da Câmara.
Cabe à esquerda, uma agenda unitária contra a autonomia do Banco Central, pela retirada da reforma administrativa da pauta do congresso e o combate à escola sem partido, ao excludente de ilicitude e à privatização das empresas públicas, como Petrobras, Correios e Eletrobrás.
Não deve ser prioridade da esquerda o fortalecimento da direita neoliberal, que deseja, a partir do controle da presidência da Câmara, impor seu projeto privatista e de retirada de direitos dos trabalhadores e do povo.
Rejeitamos também chamar de “Frente Democrática” qualquer composição com partidos golpistas, assim como guiar o posicionamento do PSOL por cargos da Mesa Diretora ou cargos de assessoria na Câmara.
Não podemos esquecer quem esteve à frente da Reforma da Previdência e da aprovação da Emenda Constitucional 95 que retira recursos da saúde e da educação. Não podemos esquecer quem defende a transferência para os bancos, através do esquema da dívida pública, da maior parte do PIB nacional. O projeto de Maia e seus amigos é o projeto de destruição e entrega do país ao capital financeiro e especulativo.
O PSOL, que sempre esteve na vanguarda do enfrentamento ao bolsonarismo e à direita tradicional, não pode agora, diante de uma eleição em dois turnos para a presidência da câmara, se comprometer com os inimigos do povo e representantes orgânicos da burguesia, organizados em torno da candidatura de Baleia Rossi.
Nosso papel é o de reforçar a resistência popular e dar visibilidade a um projeto autônomo sob o controle dos trabalhadores e do povo. As eleições de 2020 mostraram que este caminho é possível e promissor.
Em 2021, nosso maior desafio é fortalecer os movimentos sociais, potencializar a luta nas ruas e construir uma força política contra hegemônica capaz de enfrentar Bolsonaro/Mourão, seus amigos, críticos de ocasião (Maia e companhia) e o grande capital. Portanto, a luta institucional precisa ser reflexo daquilo que desejamos fazer nas ruas.
Nenhum passo atrás.
Ousando lutar, venceremos!
Acho que toda v3z que as esquerdas se alinha ao grande capital, as oligarquias e a direita não liberal golpista fascista, a historia indica o caminho. A não ser questões pontuais e o rompimento imediatamente da aliança.
Ousando Lutar, Venceremos, Paulo.