Nosso inimigo não é só o vírus. Bolsonaro é um empecilho à saúde pública. Ele não é louco, está seguindo uma lógica nefasta: desprezar a vida em função do seu projeto de reeleição. Quer salvar a economia mesmo que isso signifique matar milhares de pessoas. Não tem como manter os empregos se a população está adoecendo e morrendo. Nega a ciência, debocha dos infectados, tripudia das quase 50 mortes, dos mais de 2 mil infectados e de toda a população brasileira que está fazendo a sua parte pra frear a multiplicação da Covid-19.
Para deter a pandemia é preciso derrotar Bolsonaro. E isso não é politizar o enfrentamento da doença, aliás é ele quem está politizando a questão ao subordinar a política de saúde à sua reeleição. Para ele não importa a vida, importa sua popularidade, que por sinal já está despencando. É um covarde perigoso pois despreza a vida, a nossa vida.
Não conseguiremos derrotar o coronavírus com Bolsonaro no poder. Simples assim. Erra o governador do estado, Hélder Barbalho, que em nota, disse que nosso inimigo é só o vírus. Hélder escolheu não confrontar essa política genocida. Bolsonaro atrapalha os estados e municípios e isso tem que ser dito, esconder esse fato só piora as coisas.
Nosso inimigo não é só o vírus, é nosso inimigo também quem nega o vírus, defende o fim do isolamento social e afirma que a pandemia é só uma “gripezinha”. Esse inimigo tem nome, é Jair Messias Bolsonaro. Uma coisa é afirmar que precisamos nos unir, que devemos deixar diferenças políticas de lado em prol da luta contra a Covid-19, isso está corretíssimo. Mas, outra coisa é fechar os olhos ao fato de que o presidente é um obstáculo à saúde pública. Seria muito bom se isso não fosse verdade, mas a realidade é esta: para uma efetiva política de enfrentamento à pandemia é preciso derrotar Bolsonaro e defender o Sistema Único de Saúde. É por exemplo, revogar a Emenda Constitucional 95, a mesma que congelou os investimentos em saúde e educação por 20 anos, e teve apoio e voto da família Barbalho. Hélder fez aprovar uma reforma da previdência, sob o peso das botas da PM (quem estava na ALEPA lembra), retirando direitos do servidor e dificultando a universalização da saúde.
Por isso, reafirmamos em alto e bom som: NÃO É HORA DE RECUAR. Não é hora de negar a ciência e os profissionais da saúde. É preciso garantir medidas preventivas eficazes, proteger trabalhadoras e trabalhadores, sejam de carteira assinada ou não. É preciso que o estado assuma a responsabilidade por 13 milhões de desempregados e desalentados. Um presidente que nega a realidade não serve pra nada.
Não Bolsonaro, o clima nada tem a ver com a velocidade de propagação do vírus ou com seu grau de letalidade. Não Bolsonaro, não é hora de reabrir as escolas e expor nossas crianças (mais de 107 países estão com aulas suspensas). Enquanto o mundo vê, pela primeira vez na história, as Olimpíadas adiadas, campeonatos e a Fórmula 1 cancelarem provas, quando vemos shows sendo adiados, bares e restaurantes fechando as portas, vemos o presidente conclamar a sociedade a se expor ao vírus que já infectou quase meio milhão de pessoas e matou perto de 20 mil em todo o mundo. Não existem mais adjetivos pra qualificar esse homem que ocupa a presidência da república, por enquanto. É criminoso. Irresponsável. Genocida.
A irresponsabilidade é tão gritante que em menos de 24 horas o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Júlio Crota, foi afastado por discordar do governo. Muito provavelmente Luiz Henrique Mandetta, ministro da saúde, também estará diante do dilema de acatar o genocida ou sair, e assim outros apoiadores podem deixar o barco.
#ForaBolsonaro
#ForaMourão
Fernando Carneiro
vereador líder do PSOL na Câmara Municipal de Belém
Direção Nacional do PSOL e da Ação Popular Socialista – APS