Há algumas décadas, o 8 de março tem sido construído como um símbolo da luta e da resistência das mulheres em todo o mundo, contra o machismo e todas as formas de opressão. As resistências, que são múltiplas, se apresentam de diversas formas.
Nós do Pajeú – Resistência em Movimento, estaremos reafirmando nesse mês de março a luta das mulheres, defendendo o poder de decisão de todas as mulheres sobre seus corpos sem que sejam condenada por isso, reivindicando que as mulheres produzem ciências, pelo DIREITO AO ABORTO legal e seguro, Justiça por Marielle e em defesa da previdência, dizendo #EleNão portanto, lutando CONTRA TODA E QUALQUER FORMA DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER!
O Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo, sendo que a cada 100 mulheres mortas 65 são mulheres negras. A cada 11 minutos uma mulher é estuprada. Uma mulher morre a cada 02 dias em decorrência de um aborto inseguro no nosso país, 53% dessas mulheres são mulheres negras. Nós, mulheres do Pajeú, acreditamos que o aborto deva ser tratado enquanto uma questão de saúde pública, para que as vidas de muitas mulheres sejam garantidas, assim como seus direitos sexuais e produtivos, e sua autonomia sobre seus corpos.
Em 2018 assassinaram uma companheira que ousou lutar contra o sistema patriarcal, racista e capitalista, até agora não sabemos quem matou Marielle e Anderson e quem mandou matar. Exigimos respostas!
E, no primeiro dia do atual desgoverno federal se facilitou a posse de armas, em um país que a cada 24 horas 06 mulheres são vítimas de armas de fogo, se fomenta um discurso de ódio e violência contra as mulheres, a negritude, a população LGBTQI+, por isso é preciso compreender que propriedade não é apenas o território a ser protegido, e sim tudo que está sobre o domínio do homem que já matam mulheres com armas de fogo mesmo antes da posse ser reconhecida como direito, a politica de armas tem gênero! Logo depois apresenta uma reforma da previdência que põe, sobretudo, a juventude e as mulheres como setor mais penalizado, afinal, ignora o machismo estruturante da sociedade, a dupla e tripla jornada de trabalho e iguala a contribuição de homens e mulheres.
Apesar de tudo, a história das mulheres não é marcada apenas pelas diversas formas de opressão. A resistência e a luta também marcam a história das mulheres! Luta que não começa com o direito ao voto, nem se encerra com a inserção no mercado de trabalho. A resistência permanece na luta pelo direito de decisão, pelo direito de se apropriar das ruas e espaços públicos, contra a violência, contra o machismo, pela liberdade de protestar, pelo fim do racismo, para amar quem quiser, pelo direito de ser livre e pelo DIREITO AO ABORTO! A luta ainda é pelo direito de ser mulher!
Por que o lugar das mulheres é onde elas quiserem! A LUTA TAMBÉM É LUGAR DE MULHER! Seja ela por sobrevivência, contra a violência, contra o estupro, pela descriminalização do aborto ou pelo direito ao corpo. Lugar de mulher também é na luta pelo direito à Cidade! A nossa luta é pelo direito a viver!
Ousando lutar, venceremos!
Pajeú – Resistência em Movimento
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