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Centenas de milhares protestam contra política econômica do governo da direita na Itália. Mais uma prova de que o mundo não é somente da ofensiva conservadora, mas também da Resistência Popular.

A manifestação por reformas, a maior em quatro anos, foi organizada por sindicatos italianos. Nos últimos meses, a economia nacional retrocedeu por causa da queda nas exportações, agravando já consideráveis problemas orçamentários.

Sob o slogan “Um futuro para o trabalho”, centenas de milhares de manifestantes exigiram neste sábado (09/02), em Roma, investimentos públicos e privados em grande escala, assim como reformas ambiciosas, na maior passeata do gênero na Itália, em quatro anos.

Os sindicatos organizaram 12 trens especiais, além de 1.300 ônibus, barcas e voos de baixo custo. Num dia ensolarado e atmosfera relaxada, também participaram da manifestação representantes do patronato, assim como membros do social-liberal Partido Democrático (PD) e delegações de outras legendas de esquerda.

Italia 2

Para os sindicalistas, os planos de investimento do governo formado pelo populista Movimento Cinco Estrelas e a ultradireitista Liga são cautelosos demais. Além disso, a planejada reforma que reduz a idade para a aposentadoria não vai longe o suficiente. Os representantes dos trabalhadores consideram, ainda, a planejada renda básica para os italianos mais pobres um esvaziamento da luta contra pobreza e desemprego.

A economia da Itália retrocedeu no quarto trimestre de 2018 devido à queda nas exportações, agravando os já consideráveis problemas orçamentários do governo sediado em Roma.

“O governo precisa mudar a direção, já estamos com um pé na recessão”, declarou Annamaria Furlan, presidente do segundo maior sindicato do país, a CISL. Através do Twitter, ela agradeceu aos manifestantes por seu empenho, classificando a iniciativa como “extraordinária”.

Nesse ínterim, os líderes da coalizão governamental anunciaram uma reestruturação da chefia do Banco Central italiano e do Consob, o órgão de supervisão da bolsa de valores.

 

Fonte: Deutsche Welle, emissora internacional de jornalismo independente da Alemanha

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