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Na contramão na ofensiva conservadora, o novo presidente da OAB Nacional, Felipe Santa Cruz, é filho de Fernando Santa Cruz, militante da APML assassinado em 1974.

Quando seu pai foi assassinado, Felipe (46a) tinha dois anos. Ele era presidente da OAB do Rio de Janeiro e pediu a cassação de Jair Bolsonaro.

Fernando Santa Cruz foi militante do movimento estudantil, símbolo da resistência contra a ditadura militar no Brasil e membro da Ação Popular Marxista-Lenista (AP).

Seu caso é investigado pela Comissão da Verdade, que apura mortes e desaparecimentos na ditadura militar brasileira.

Marcelo Santa Cruz, irmão de Fernando e vereador de Olinda, disse à Comissão da Verdade que Fernando tinha sido morto pelo DOI-Codi porque não abriu os pontos de contato do dirigente da APML Jair Ferreira de Sá (que a ditadura não conseguiu prender).

Veja matéria na íntegra

 

Novo presidente da OAB já pediu a cassação de Bolsonaro

Filho de militante morto na ditadura, o advogado Felipe Santa Cruz comandará a entidade até 2022

 

 

Folha de São Paulo, 1º.fev.2019

 

Em cerimônia realizada na noite desta quinta-feira (31) o advogado Felipe Santa Cruz, 46, foi eleito o novo presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Conselheiro federal e ex-presidente da OAB-RJ, onde ficou por dois mandatos seguidos, Felipe Santa Cruz irá substituir Cláudio Lamachia e comandará a entidade até 2022.

 

Pernambucano criado no Rio Grande do Sul o advogado se formou na PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e tem mestrado em direito e sociologia pela UFF (Universidade Federal Fluminense).

 

Felipe Santa Cruz é filho de Fernando Santa Cruz, militante de esquerda e desaparecido político desde março de 1974. De acordo com o delegado Cláudio Guerra no livro “Memórias de uma Guerra Suja”, o corpo de Fernando Santa Cruz foi queimado na Usina de Cambahyba, na região de Campos, norte do Rio.

 

Esse histórico, inclusive, fez com que Felipe se opusesse a Jair Bolsonaro, então deputado federal. A desavença começou em 2011, quando, numa palestra na Universidade Federal Fluminense, disse que Fernando Santa Cruz “deve ter morrido bêbado em algum acidente de carnaval”.

 

No comando da OAB-RJ, Felipe, em 2016, pediu a cassação do mandato deputado federal de Jair Bolsonaro por “apologia à tortura”, após o parlamentar ter, durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff, homenageado o coronel Carlos Brilhante Ustra, que comandou o DOI-Codi em São Paulo.

 

À época, Felipe afirmou que a imunidade parlamentar não poderia ser utilizada para “salvaguardar atitudes criminosas”.

 

Fonte:

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/02/oab-elege-novo-presidente-nacional.shtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwa

 

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