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A Resistência e Luta Sindical e Popular, embalada na energia da grandiosa marcha de 24 de maio em Brasília, em que mais de 150 mil trabalhadores e juventude, convocados unitariamente pelas centrais sindicais e pelos movimentos sociais, lotaram a Esplanada dos Ministérios, repudia energicamente a brutal repressão por parte da PM do Distrito Federal, que se agravou com a escandalosa intervenção militar decretada por Temer. A utilização do dispositivo chamado de Garantia da Lei e da Ordem, ainda que coberto pela Constituição e pela lei antiterror do governo Dilma, foi absolutamente descabida e desnudou um governo fraco e mergulhado em crise política terminal, tentando se garantir pelo estado de sítio que logo foi forçado a revogar.

Brasília tremeu nesta quarta histórica, que foi antecedida pela greve geral de 28 de abril, o maior movimento de massas do país nos últimos tempos, construído pelas manifestações massivas de 8, 15 e 31 de março nas ruas de todo o país. A grandiosa manifestação de 24 de maio, que reuniu trabalhadores do país inteiro, deparou-se com uma forte barreira policial que tinha como objetivo impedir que a marcha se aproximasse da Praça dos Três Poderes. Mas numa suposta democracia o Congresso Nacional não pode ser isolado das pressões populares. Os manifestantes bravamente recusaram o limite e avançaram com suas bandeiras e disposição de luta.

Ao constatar que não poderia segurar na barreira o movimento de grande parte dos 150 mil lutadores, a tropa de choque da PM baixou a repressão, gastando um exorbitante estoque de bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha, mas não só – também houve disparos de armas letais por parte da polícia do Distrito Federal.  A tentativa violenta de contenção resultou em muitos feridos e a reação de defesa da juventude e ativistas em legítima revolta, mostrando que não aceitam a terceirização ilimitada, o desmonte da Previdência Pública e das leis trabalhistas, mas também que querem derrubar o governo ilegítimo que impõe essa brutal retirada de direitos. O governo Temer deve ser responsabilizado pelos feridos gravemente. Não havia qualquer necessidade de se acionar um dispositivo que é típico de uma ditadura, já que os militares são força de defesa do Estado e não podem servir de garantia de um governo impopular e corrupto contra o avanço da resistência popular.

É hora de construir já nova greve geral, que deve ser maior e mais forte, para enterrar de vez Temer e as reformas. Defendemos que sejam convocadas imediatamente eleições diretas e gerais, para também renovar o Congresso Nacional, que se torna igualmente ilegítimo não só pelo golpe que validou, como também pela corrupção em que está mergulhado. Não aceitaremos que esse congresso vote a retirada dos direitos dos trabalhadores nem a imposição de mais um presidente biônico por parte do capital financeiro em conluio com os interesses defendidos por sua base parlamentar. Vamos novamente parar o Brasil!

Greve geral já, maior e mais forte!

Fora Temer! Eleições Diretas e Gerais Já!

Resistência e Luta Sindical e Popular,  29 de maio de 2017.

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