Fora Temer e resistência aos ataques contra os direitos do povo e luta por alternativas com participação popular, como a de Eleições Gerais,foram o nítido foco da 22ª realização do Grito dos Excluídos.
“Este sistema é insuportável: Exclui, degrada, mata! Vida em primeiro lugar”
Esta foi a marca deste evento construído a partir das bases da Igreja Católica envolvidas com os movimentos populares, como modo de fazer um contraponto crítico às comemorações oficiais do dia da Independência formal do Brasil.
O evento aconteceu em todos os estados, levando dezenas de milhares de pessoas às ruas de todas as capitais e um sem número de outras cidades. A crise política, econômica e social profunda na qual o Brasil se encontra, reanimou as bases populares católicas, assim como outros movimentos que tiveram participação mais significativa nos seus primeiros anos e até o começo do governo Lula. Mas que, nos últimos anos, estavam neutralizados pela crescente desilusão com as possibilidades de mudanças sociais reais esperadas dos governos Lula e Dilma, que de fato não ocorreram. Ao contrário, mas recentemente demonstraram um retrocesso importante inclusive em relação aos direitos históricos dos trabalhadores e do povo.
Até Grito dos Excluídos do ano passado (2015), o governo Dilma ainda tinha apoio da maioria fisiológica, direitista e corrupta do congresso nacional e das lideranças empresariais do grande capital, e apostava em se manter na presidência fazendo ainda mais concessões a estes inimigos do povo. Naquela situação, os movimentos sociais que vinham sustentando os governos petistas estavam em franca defensiva.
O golpe palaciano, a conclusão do processo de impeachment de Dilma, e a posse oficial do impostor Michel Temer praticamente tiraram da pauta a ilusória possibilidade de Dilma-PT voltar ao governo e colocar em prática políticas efetivamente populares.
E já está ficando bem claro os objetivos do governo golpista, de radicalização de políticas antipopulares, antidemocráticas e antinacionais – tudo pelo grande capital e privilégio do mercado financeiro, do agronegócio latifundiário e interesses de empresas transnacionais, com vistas a uma maior exploração das trabalhadoras e trabalhadores.
Além das palavras de ordem predominantes, as manifestações foram ricas com pluralidade de temas mais sentidos para os setores e regiões, demarcando a presença da Resistência Indígena, Negra, Feminista, LGBT, da Juventude, Ecossocialista e Contra Todas as Opressões.
No Espírito Santo, por exemplo, o destaque foi o protesto contra o crime ambiental cometido pelas mineradoras Vale, Samarco e BHP Billiton por meio do rompimento da Barragem de Fundão, ocorrido em novembro de 2015. A iniciativa vai ao encontro do lema do Grito 2016, que é “Este sistema exclui, degrada e mata”. Em Manaus, a denúncia dos ataques aos povos indígenas esteve fortemente presente.
E não faltaram referências ao Papa Francisco, que tem também mostrado suas críticas ao processo golpista no Brasil.
Por tudo isso, o Grito dos Excluídos de 2016, marcou uma retomada de maior combatividade, voltando a encher as ruas, com palavras de ordem de resistência, defesa dos direitos do povo, Fora o golpista Temer e defesa de novas eleições, especialmente através de Eleições Gerais (para Presidente da República e para o Congresso Nacional), que é a maneira mais consequente, nesta conjuntura, para viabilizar uma participação popular na construção de uma alternativa verdadeiramente de esquerda.
Vejam também: https://acaopopularsocialista.com/2016/09/08/cresce-a-luta-pelo-fora-temer-e-por-eleicoes-gerais/
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Fora Temer e resistência aos ataques contra os direitos do povo e luta por alternativas com participação popular, como a de Eleições Gerais