As organizações que integram a Coordenação Nacional das Entidades em Defesa da Escola Pública, como ANDES, SINASEFE, FASUBRA e CSP-Conlutas, divulgaram comunicados e vídeos fortalecendo o chamado às suas bases para participar da jornada de lutas que acontece em Brasília, de 12 a 14 de setembro em Brasília.
O evento foi convocado pelo FONASEFE (Fórum de Entidades dos Servidores Públicos Federeais) para intensificar a mobilização dos servidores contra diversos ataques, como a PEC 241/2016, o PLP 257/2016 e as anunciadas reformas Trabalhista e Previdenciária, que aprofundam a retirada de direitos do conjunto da classe trabalhadora.
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A jornada de lutas, com caravana e acampamento, tem a participação de diversas entidades e centrais, como a CSP-Conlutas e a CUT e começa no dia 12, com a recepção das caravanas vindas de diversos estados; à noite haverá um ato político (marcha noturna). No dia seguinte pela manhã acontece a Marcha dos servidores públicos pela Esplanada dos Ministérios; na quarta, dia 14, haverá uma reunião ampliada do Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais para avaliar a mobilização e a construção de uma greve geral.
No dia 15 de setembro a mobilização acontece nos estados, unificando as lutas com as categorias em campanha salarial e greve, como os bancários, petroleiros e funcionários dos Correios.
A Coordenação Nacional das Entidades em Defesa do Ensino Público, que organiza o Encontro Nacional de Educação (ENE) alerta que a eventual aprovação da PEC 241 afeta diretamente a luta pela ampliação de 10% do PIB na educação pública. Essa proposta de emenda constitucional congela as verbas públicas nas áreas sociais aos níveis atuais (o Brasil aplica cerca de 6% do PIB em Educação, envolvendo também gastos com educação privada, como o FIES e ProUni. Se essas verbas forem congeladas por vinte anos, o país não terá sequer como cumprir o PNE em vigor, que já é bastante modesto ao jogar para 2019 a meta de 7% do PIB para a educação, e para 2024 a meta de 10%, nos dois casos incluindo o investimento do estado em educação privada, como os programas do MEC nos governos Lula e Dilma. Com o próprio crescimento da população e a maior inserção nos sistemas de ensino, a PEC 241 na verdade inviabiliza o ensino público, abrindo caminho para a cobrança de mensalidades nas universidades públicas e as parcerias público-privadas, que são formas de privatização do ensino público. Por isso é necessário fortalecer a luta contra a aprovação dessas medidas.
Veja abaixo a programação do acampamento e mobilizações da Jornada de Lutas.
Com informações dos sites de ANDES, SINASEFE, FASUBRA e CSP-Conlutas.
Vídeo de mobilização: site do ANDES