A reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, que aconteceu em São Paulo/SP de 19 a 21 de agosto, aprovou, em clima de amplo consenso e após intensos debates da conjuntura internacional e nacional, resolução de conjuntura que aponta para a construção de greve geral contra o ajuste fiscal e a retirada de direitos que se intensifica neste período, para o qual a resolução arma a central e entidades filiadas a impulsionar jornada de lutas.
Para a construção dessa ampla jornada de lutas, a reunião da Coordenação Nacional aprovou com amplo apoio a tática de unidade de ação com centrais e movimentos que se dispuserem a lutar contra a retirada de direitos, intensificada no período pelo governo Temer. Foi uma das mais representativas reuniões de direção da central, que contou com 183 participantes credenciados, sendo 98 representantes com direito a voto e 85 observadores. Estavam representadas 71 entidades sindicais, entre sindicatos e federações, minorias de entidades e oposições, movimentos populares urbanos e do campo, juventude e movimentos de luta contra as opressões.
Nesse sentido, a central se soma à caravana a Brasília convocada pelo FONASEFE (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) e que terá uma marcha em Brasília dia 13, com indicativo de paralisação nacional, e o dia 15 como um dia de luta nos estados, com a participação nos atos das entidades representativas das categorias em campanha salarial, como bancários, petroleiros e correios.
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Orientação política
Para orientar a atuação da central no terreno objetivo e imediato, a reunião da Coordenação Nacional da CSP-CONLUTAS adota a seguinte consigna, resguardando a autonomia das entidades filiadas que tenham formulações distintas.
Greve geral já! Por emprego e salário, contra o ajuste fiscal e a retirada de direitos.
Além disso, havendo deliberação de entidade de base ou regional da central, incluem-se no plano de lutas, as demandas:
“Fora Temer e todos os corruptos e reacionários do congresso; Eleições gerais, já; Por um governo dos trabalhadores, sem patrões”;
Agregando:
Contra as Reformas da Previdência e Trabalhista; Não ao PLP 257 e PEC 241; Não ao projeto Escola sem Partido; impulsionar a campanha Escola sem Mordaça;
Não às demissões e ao desemprego. Redução da jornada para 36h, sem redução salário. Extensão do seguro desemprego para um ano.
Não a carestia, controle e congelamento dos preços da cesta básica e tarifas publicas
Contra a política de conciliação de classe, pela auditoria da Dívida Pública Auditoria e suspensão imediata do pagamento da dívida;
Prisão e confisco dos bens de todos os corruptos e corruptores!
Reforma agrária sob o controle dos trabalhadores;
Plano geral de obras públicas para construção de moradia popular, hospitais, creches e escolas;
Fim dos Despejos. Redução e Congelamento dos preços dos aluguéis;
Salário igual para trabalho igual. Chega de assédio aos setores oprimidos.
Basta de genocídio à população negra. Desmilitarização da PM.
Unir os trabalhadores contra a violência à mulher, o feminicídio e os estupros.
Pela criminalização da LGBTfobia.
Homenagem aos 10 anos da CSP-Conlutas
Na ocasião, foram celebrados os 10 anos da central, considerando a principal entidade que lhe deu origem, a Conlutas, fundada no CONAT de 2006 em Sumaré/SP. Da homenagem, participaram representantes das entidades e movimentos fundadores, como o ANDES-SN, o SINASEFE Sindicato Nacional e diversos outros sindicatos e movimentos sociais.
Na foto acima, Magda Furtado, coordenadora geral do Sindscope, seção sindical do SINASEFE, e militante da APS/PSOL e Resistência e luta, fala em nome do SINASEFE-SN , entidade fundadora da CSP-Conlutas, na homenagem aos 10 anos da central.
Fotos: CSP-Conlutas e SINASEFE.