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Durante ato dos servidores municipais, prefeito Zenaldo foge para não responder sobre reajuste de salários.

O ato público que teve concentração na Semad no início da manhã desta quinta-feira (23), fez paradas na Conden e no MPE, sendo finalizado na Prefeitura, foi organizado pelo Fórum de Entidades Sindicais, e contou com a participação de trabalhadores da educação, saúde, assistência, saneamento, limpeza pública, segurança, meio ambiente, previdência. Entre as principais reivindicações estão o reajuste de salários e do ticket alimentação e melhores condições de trabalho.

Trabalhadores (as) em educação da rede municipal e a Executiva Belém do Sintepp participaram do ato público das (os) servidoras (es) municipais nesta quinta-feira (23), organizado pelo Fórum de Entidades Municipais. A manifestação começou pela manhã com concentração às 9h00 na Secretaria Municipal de Administração (Semad), onde as (os) trabalhadoras (es) pretendiam seguir em caminhada até a Prefeitura de Belém para audiência com Zenaldo Coutinho.

Entre as principais palavras de ordem reproduzidas se ouvia ”Não aguentamos mais mentiras e enganos! Chega de governos tucanos!”. Já no início da caminhada chegou informação de que o prefeito estava despachando na Companhia de Desenvolvimento e Administração (Coden). “Soubemos que o prefeito estava despachando na Coden e seguimos para lá. No trajeto os servidores usaram o microfone para criticar Zenaldo e reivindicar uma reunião no próprio prédio com o prefeito. Este, por sua vez, não quis dialogar com os trabalhadores e fugiu como um rato foge da ratoeira”, declarou Aldo Vasconcelos, professor de História e Coordenador Geral da Executiva Belém do Sintepp.

O clima de insatisfação entre a classe trabalhadora municipal está atingindo o extremo. Mesmo com o sol escaldante, cerca de 500 servidores mobilizados pelo Sintepp, Asfunpapa, Assipreb, Sinsaude, Sigbem, Agembe, Sinaspa, Assema, Assecon, Asfumbel, e Aslimpo decidiram manter a caminhada até a Prefeitura para chamar a atenção da sociedade belenense para o sucateamento dos serviços públicos municipais e a desvalorização a que vêm sendo submetidos os servidores públicos municipais, e cobrar os motivos de o prefeito mais uma vez ter marcado audiência com os trabalhadores, sem um posicionamento conciso sobre as reivindicações da Campanha 2016. Ao chegar ao Palácio Antônio Lemos (Sede da Prefeitura) novamente não havia que os recebesse.

Segundo o Fórum de Entidades Municipais a situação dos servidores públicos da capital paraense vem piorando há tempos. Após oito anos da desastrosa gestão de Duciomar Costa, Zenaldo Coutinho conseguiu já em seu primeiro mandato deixar prejuízos imensuráveis.

As organizações que representam as categorias de trabalhadores municipais foram às ruas para reivindicar: mais investimentos e qualidade nos serviços públicos municipais; reajuste salarial e do vale alimentação; segurança e melhores condições de trabalho; reestruturação e melhorias no atendimento do Ipamb.

Em nota, o Fórum criticou a postura do prefeito que “Utilizando-se da desculpa da crise econômica, Zenaldo, assinou no dia 15|08|15 o decreto municipal nº 43.810, que estabeleceu cortes nos investimentos na educação, saúde, seguridade social, além de limitar horas extras e tempo integral aos servidores de diversas secretarias e nega-se até hoje em pagar o piso salarial do magistério”.

João Martins, que é apoio operacional da Escola Municipal Antônio Brasil de Carvalho, no bairro da Condor, comentou das dificuldades que os servidores estão passando no local de trabalho. “Fica difícil fazer a negociação. O Sintepp tem feito de tudo, porém é complicado solidificar por que o prefeito não contribui. Temos demandas como o nosso ticket alimentação e o nosso reajuste salarial que está defasado há vários anos. Outro ponto é o recesso junto com os professores, que até hoje não conseguimos evoluir porque o prefeito não debate a unificação do PCCR. As escolas estão precárias e não temos como fazer mais por falta de material de expediente e de limpeza”, criticou.

A educação pública, que em nenhum momento da gestão de Zenaldo foi prioridade, tem pautas emergenciais e que também seguem sem respostas, observe-as abaixo:

 

Pagamento do PSPN, um atraso desde janeiro

Reajuste do vale alimentação para o valor de R$ 350,00

Reforma, ampliação e climatização de unidades escolares

Fim do assédio moral e nova eleição (democrática) de diretores de escolas e UEI’s

Pagamento da insalubridade aos servidores operacionais

Convocação de concursados da área administrativa e operacional da Semec.

 

A mobilização desta manhã dos trabalhadores municipais foi considerada vitoriosa pelo Fórum de Entidades Municipais, que reunirá amanhã (24) para definir o calendário de mobilização e organização da assembleia geral dos servidores. “Nosso principal objetivo que era mostrar que não estamos na paralisia que o prefeito pensa foi atingido. Estamos em uma situação cada vez mais delicada com o governo Zenaldo. As denúncias de assédio moral são alarmantes nesta gestão. A retirada de direitos é total. Tentamos insistentemente o diálogo e o governo não flexibiliza. No ano passado veio o decreto. Agora em 2016 apresentamos apenas 11 pontos na pauta unificada, como resposta vieram as extinções de cargos, reajustes zero e envio de DAS e lideranças forjadas para votar em nossas assembleias. Somos servidores públicos e exigimos respeito”, conclui Vasconcelos.

Após a reunião do Fórum de Entidades Sindicais será divulgado e distribuído o calendário de mobilização por local de trabalho e definida a data da assembleia geral dos servidores públicos municipais de Belém. A greve geral, não está descartada, devendo ser avaliada pelo conjunto dos trabalhadores.

Por Geisi Dias, http://sintepp.org.br/

 

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